Decálogo do sinal quaresmal da cinza
1 – Este sinal expressa o reconhecimento da nossa condição humana, tão limitada e corruptível. Uma das fórmulas que o sacerdote utiliza ao impor as cinzas sobre a cabeça dos fiéis é esta: “Lembra-te que és pó e que em pó te hás-de tornar”. A cinza recorda a nossa fraqueza, mas também é sinal da possibilidade de ressurgir.
2 – A cinza simboliza a árvore queimada. Foi precisamente numa árvore, a árvore da cruz, onde Jesus foi crucificado. Evoca a cruz e antecipa também a Pascoa. A árvore da cruz é a árvore da vida.
3 – A cinza convida-nos à humildade, à austeridade. Alerta-nos sobre o orgulho e a prepotência. O que há de mais pobre e insignificante do que a cinza!
4 – A cinza interpela-nos a centrar o fundamento da nossa existência em Jesus Cristo. Só Ele nos pode libertar da destruição, da corrupção e da morte. Cristo é o verdadeiro e único remédio de imortalidade e eternidade.
5 – A cinza é símbolo de conversão. Por isso, no rito da imposição das cinzas, a fórmula mais utilizada é esta: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”.
Assim, podemos afirmar que a cinza que Deus quer, ou seja, que a cinza cristã é:
1 – Que não te envaideças: os talentos que recebeste são para servir.
2 – Não te consideres dono de nada: és somente um humilde servidor.
3 – Aprecia o valor das coisas simples e humildes, os pequenos gestos de todos os dias.
4 – Vive o momento presente em compromisso e esperança, vislumbrando nas actividades diárias o rosto da eternidade.
5 – Não tenhas um medo excessivo do sofrimento, da dor, da destruição, da morte. A cinza surge de uma árvore e para os cristãos essa árvore não é outra que a árvore da cruz de Jesus Cristo, a árvore da Vida eterna.
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